A sabedoria popular nos ensina: "nunca é tarde para aprender".
Mas, o que muda a partir daí?
Aprender, ao meu ver, significa interiorizar um novo conhecimento adquirido e aplicá-lo de forma correta. Estamos querendo aprender ou só adquirir conhecimento sobre algo?
Fiquei pensando sobre isso, pois o que vejo, como também diz a sabedoria popular, é teimosia. Ou outras perversidades. Nossa mente vai adquirindo conhecimento, mas na relação diária com as pessoas e os seres vivos, cadê a aplicação e prática do que se aprende?
Não te dá a impressão de que permanecer no erro e na ignorância é mais cômodo? Ou será que se trata de burrice? Permanecer ou ser agente de mudança parece ser uma tônica do cotidiano. Salvo isso, sobra conveniência!
Somos todos, todas e todes, atores no palco da vida. Vivendo nossos dramas e nossas comédias. Escrevendo para si, na presença do outro, para todes.
Um carinha nascido em 1898 e falecido em 1956, o alemão Bertold Brecht, gigante da literatura universal, compôs esses versos que acho oportuno relembrar, dada nossa memória curta, que por vezes falha e nos "obriga" a permanecer no erro. E nem vou aqui discorrer sobre as Eleições dos Estados Unidos, que estão na pauta do dia.
Os temas e assuntos que envolvem o verbo aprender vão ao infinito. E o que fazemos do nosso conhecimento também!
"Aprende – lê nos olhos,
lê nos olhos – aprende
a ler jornais, aprende:
a verdade pensa
com tua cabeça;
Confere tudo. Faça perguntas sem medo
não te convenças sozinho
mas vejas com teus olhos.
Se não descobriu por si
na verdade não descobriu.
Afinal você faz parte de tudo,
também vai no barco,
vai pegar no leme um dia.
Aponte o dedo, pergunta
que é isso? Como foi
parar aí? Por que?
Você faz parte de tudo.
Aprende, não perde nada
das discussões, do silêncio.
Esteja sempre aprendendo
por nós e por você.
Você não será ouvinte
diante da discussão,
não será cogumelo
de sombras e bastidores,
não será cenário
para nossa ação. "
Sigam refletindo, eu sigo divagando.
Muito boa reflexão.