Itaguarenses buscam um novo líder após 8 anos de mandato do atual prefeito Geraldo Donizete de Lima, o Chumbinho
Itaguara inicia a contagem regressiva para as Eleições de 2024, a apenas dois meses das convenções partidárias e há cinco meses das votações. Em 6 de outubro de 2024, os cidadãos e cidadãs itaguarenses terão a oportunidade de retornar às urnas para escolher o prefeito, o vice-prefeito e nove vereadores durante as eleições municipais.
Os cerca de 10 mil eleitores da cidade participarão de um processo democrático historicamente marcado pela polarização e concentração de poder. Nos últimos 36 anos, apenas 4 pessoas governaram a cidade. Rui Lara (2 mandatos), Bira (3 mandatos), Alisson Diego (2 mandatos) e Chumbinho (2 mandatos).
As últimas 9 eleições tiveram apenas dois concorrentes, o que demonstra uma forte tendência polarizadora na tradição política da cidade. Outro dado revelador é que não houve nenhum prefeito que não tenha se candidatado e não tenha sido reeleito na história da cidade. Tendo em vista esse cenário de forte polarização e concentração de poder, as eleições de 2024, podem forjar um prefeito não apenas para o mandato de 2025 a 2028, mas até 2032, se as tradições políticas e eleitorais de Itaguara se mantiverem.
As duas últimas eleições foram exceções à regra de disputas acirradas, tenso sido marcadas pelo amplo domínio do atual prefeito, Chumbinho, que não teve oponentes com expressão eleitoral. O engenheiro e artista José Antônio (PT) decidiu-se pela candidatura a prefeito apenas em cima da hora e esse fato, somando-se a um erro eleitoral na inscrição de sua candidatura, acabou o prejudicando. Ainda assim, terminou o pleito de 2016 com quase 1.200 votos. Já em 2020, a candidatura de Bruno Cartier, itaguarense radicado em Belo Horizonte, enfrentou inúmeras dificuldades em função da pandemia de Covid-19 e pelo desconhecimento da população em relação ao candidato.
Em 2024, o cenário tende a voltar com a tradição de acirramento que caracteriza historicamente as eleições em Itaguara. Nos bastidores, comentava-se até pouco tempo que a cidade teria de quatro a cinco candidatos à prefeito, mas com a aproximação do pleito, a disputa parece mesmo ter se concentrado em dois nomes: o ex-prefeito Ubiraci Prata Lima, o Bira e o engenheiro Luan Brener, atual secretário de Infraestrutura da Prefeitura. Uma terceira via pode surgir da Federação PT-PV: o jovem professor Rodrigo Marques seria o nome de consenso desses partidos, mas nos bastidores não se descarta um apoio à oposição ao atual governo municipal.
Confira o perfil dos três principais candidatos mais cogitados para comandar a cidade a partir de 2025,
1. Ubiraci Prata Lima (Bira)
Partido: PDT
Odontólogo formado pela UFMG
Prefeito de Itaguara por três mandatos (1993-1996; 2001-2004; 2005-2008)
Foi presidente da Granbel, diretor da AMM, diretor do SAAE de Machado-MG e chefe de Gabinete da Agência Metropolitana de Belo Horizonte
Principais trunfos: experiência, apoios políticos amplos e lembrança positiva da população de seus mandatos no Executivo.
2. Luan Brenner Gonçalves de Morais (Luan)
Partido: PL
Engenheiro Civil formado pela Universidade de Itaúna
É o atual secretário de Infraestrutura da Prefeitura de Itaguara
Principais trunfos: apoio da atual gestão, apoio do bolsonarismo (Bolsonaro venceu as eleições em 2018 e 2022 em Itaguara) e juventude.
3. Rodrigo Geraldo Marques (Rodrigo)
Partido: PT
Formado em Teatro pela Escola de Belas Artes (EBA / UFMG)
Atual presidente do Partido dos Trabalhadores em Itaguara
Professor da rede pública estadual
Principais trunfos: juventude, apoio dos simpatizantes da esquerda (Lula venceu as eleições de 2002 e 2006 em Itaguara; e Dilma venceu em 2010) e pode representar o legado do partido que governou a cidade por 2 mandatos com avaliações positivas.
Os próximos meses serão fundamentais para a composição das chapas eleitorais e a definição dos apoios partidários. O Portal SN estará atento com a finalidade precípua de informar, com inteligência e evidências, a população de Itaguara.
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