[Opinião] Por Frederico Lopes, professor da UEMG
A Universidade do Estado de Minas Gerais está em greve desde dia 1° de Maio. A UEMG Unidade de Cláudio, atendendo mais de 500 estudantes, muitos de Itaguara, Carmópolis, Piracema, Crucilândia e região, também aderiu ao movimento.
Docentes reivindicam uma mesa de negociação com o Governo de Minas para melhorias nas condições da Universidade.
Atualmente, os professores da UEMG recebem o pior salário dentre todas as 109 universidades públicas do país. Alguns docentes e técnicos da UEMG Cláudio recebem menos que um salário mínimo, com vencimentos de R$ 974,00. Se adoecerem e entrarem de licença médica ou maternidade, o salário é cortado em 40%.
Nos últimos 10 anos os vencimentos dos professores diminuíram 76%, com perda inflacionária.
Em 2023 e 2024, o Governo Estadual cortou 100 milhões de reais do Orçamento da Universidade, gerando suspensão e cancelamento de vários projetos de pesquisa e extensão. Somente este ano, mais de 500 bolsas de monitoria foram cortadas dos estudantes da UEMG.
Após várias tentativas infrutíferas de diálogo com o Governador Romeu Zema, a ADUEMG - Associação dos Docentes da UEMG, em Assembleia, tomou uma última decisão e deflagrou greve em todas unidades acadêmicas, para que a Comunidade Universitária possa ser ouvida e o Governo Estadual apresente soluções dos problemas.
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Frederico Lopes é Sociólogo, Doutorando Latino-americano em Educação (UFMG) e Professor/Pesquisador na UEMG Cláudio.
Para saber mais:
www.aduemg.og.br
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