O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta segunda-feira (9/1), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, que a oposição ao governo deve ser propositiva. Em entrevista à jornalistas, Zema criticou os atos terroristas ocorridos no último domingo (8/1) e disse que a "eleição já aconteceu e o resultado não será revisto".
"Eu pessoalmente acho que devemos fazer uma oposição com propostas. A eleição já aconteceu e o resultado já está sacramentado e não vai ser revisto. Acabei de ver aqui a depredação ao patrimônio público e é algo com o qual o Brasil não pode conviver", avaliou o governador que participou de uma reunião com outros 26 governadores e ministros para discutir sobre os atos realizados na capital federal.
Questionado se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria responsável pelas manifestações bolsonaristas ao não se manifestar publicamente contra os protestos e o resultado das eleições, Zema disse que não acredita que Bolsonaro seja o responsável pelos atos terroristas.
"As investigações que vão dizer. Eu pessoalmente creio que não. Quando se tem uma multidão incontrolável, você não sabe o que pode vir, é como se fosse uma manada. Você não sabe pra que lado vai. Acho que houve alguma falha no policiamento, que também deve ser investigado, porque é um ato inédito", avaliou o governador que comparou as manifestações em Brasília com a invasão do centro legislativo dos Estados Unidos, depois que o então presidente norte-americano Donald Trump perdeu as eleições para o democrata Joe Biden, em 2020.
"Nós temos que lembrar também que o país mais desenvolvido, mais rico, com mais tecnologia, teve fato semelhante. Mas as instituições precisam funcionar para que isso não ocorra novamente", completou.
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